Morando aqui na Espanha, passei a viver muita novidade. Como viver em outra língua, que é um desafio maior do que parece. É quase como se a gente fosse outra pessoa, porque falar a mesma coisa de outro jeito já é mudar, mesmo que um pouquinho, o que se fala.
Tem expressões que ainda não entendo, que demoram mais pra cair a ficha, porque são muito particulares do lugar, demoram mais pra fazer sentido. Imagina traduzir “chutei o balde” ou “engolir sapo”, que são expressões tão comuns no Brasil. O gringo fica bugado!
Percebi isso ainda mais forte viajando agora com a minha mãe e o meu irmão. Me lembrei de coisas que só a gente fala, que se alguém ouvir não vai entender nada! Não tem em dicionário nenhum.
Tipo “trutaco”. Ninguém sabe o que é isso. Minha mãe fala: “vou lavar a cabeça pro cabelo não ficar trutaco”. Que seria estranho, espetado… E talvez continue sem fazer sentido pra você. A gente também cria intimidade com as palavras!
Ou degolins. Eu criei essa com os meus filhos. Eles falam, muito fofos, “preciso de dengolinis, quero degolins no sofá”, que é ficar de dengo, de carinho.
Tem ainda adolfar: “oh, meu, não adolfa”. Não enche o saco, não cria caso, deixa pra lá!
Uma última que a gente lembrou aqui foi afofar, que tem a ver com conquista, cair dentro, com vontade: “a comida é tão boa que eu vou afofar”. Meu irmão enche a boca e diz com bastante intensidade e prazer envolvido.
Essas coisas fazem a família da gente ser única. Não tem uma igual à outra. Eu adoro! Tenho certeza que a sua família também, me conta aí!
#familia #linguagem #expressoes #girias #ghostwriter
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Só a família para entender...
mai 22, 2025
Sozinha de si
Histórias silenciadas de mulheres despedaçadas, contadas anonimamente, para cuidar de todas de uma vez.
Quantas histórias são silenciadas porque não há coragem para contar?
Quantas mulheres poderiam estar se apoiando, se soubessem o que estão vivendo?
Escrever sobre traumas dá a chance de resignificá-los, dando à história um outro final.
Mas como poder contar histórias sem cortes, para construir uma rede de apoio, sem precisar expor nenhuma mulher ou suas famílias? ANONIMAMENTE!
O processo é blindado e ninguém saberá quem você é.
Mande sua história para mim 📥 ghostwriter@maabbondanza.com
Histórias silenciadas de mulheres despedaçadas, contadas anonimamente, para cuidar de todas de uma vez.
Quantas histórias são silenciadas porque não há coragem para contar?
Quantas mulheres poderiam estar se apoiando, se soubessem o que estão vivendo?
Escrever sobre traumas dá a chance de resignificá-los, dando à história um outro final.
Mas como poder contar histórias sem cortes, para construir uma rede de apoio, sem precisar expor nenhuma mulher ou suas famílias? ANONIMAMENTE!
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